Nem sempre sou o nome que me chamam
Ou o rosto que vejo no espelho
As vezes sou uma palavra omitida
E um gesto que morre a meio
Nem sempre sou aquele a quem esperas
Ou aquele que esperas que seja
As vezes sou a vontade de rir
Com a desgraça alheia
Nem sempre sou as partes que me compõem
ou tenho um princípio um meio e um fim
As vezes sou a distância entre os passos
De quem foge não sabe de quê
Nem sempre sou nada disto
E nem sempre finjo sê-lo
As vezes sou só o que resta
Quando o que resta sou eu
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