domingo, 30 de maio de 2010

Fucking Trees!!

Esperma de árvore por toda a parte!!

Obstrução nasal, comichão nos ouvidos e garganta, e o carro, onde quer que o deixe, transformado numa espécie de pega-monstro sobre rodas.


Sinto-me apanhado no fogo cruzado de cum-shots, num mega gang bang vegetal.


Já pensei mudar de nome para Gina Lovewood...


sexta-feira, 28 de maio de 2010

ADORO


Voltei num dia de trovoada...


Sob uma imensa tempestade, num local que se apelida de Arenales del Sole em terras d'EL Rey de Castella, ressuscito a minha disponibilidade de contribuir para este blog.
A patetice vai continuar...



Passo a citar

"I've grown too old too fast, faster than the years have passed."

William Snow, The Lay of The Land (1932)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Obrigado, pela parte que me toca!

Seja nos transportes públicos, elevadores, discotecas ou outros locais atreitos a passagens estreitas, não consigo evitar que a alma me sorria um sorriso bem largo quando um bom par de mamocas se me roça no pelo.

Advertência*
Nenhuma mulher foi objectificada (não de uma maneira má) na produção deste comentário. Quanto a este último... Também não.

* Dorme agora, o autor, um sono mais tranquilo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

No more Mr Nice Guy

Mudei de ideias! 'Tou farto do Papa!

Sim, o senhor só cá está há umas horas, mas a verdade é que a presença acaba por ser constante.

Não admira que a percentagem de agnósticos e ateus esteja a disparar na Europa, estes tipos são uns empatas! Para não comentar as falhas generalizadas de tal decadente instituição e seu representante máximo, que são coisas que me levam à beira de um ataque convulsivo (não está aqui ninguém para me impedir de sufocar com a minha própria língua); trânsito parado, função pública parada (mesmo o que eles precisavam, mais um dia de folga!!) e no geral uns milhares de cérebros parados a sonhar acordados com um senhor idoso em vestido de noite (é o que aquilo é, não?).

Estava a tentar levar a coisa na desportiva, como se fosse daquelas situações sem remédio; o carro precisa de uma panela de escape nova, a consulta do dentista, o vulcão da Islândia, enfim...
Mas fechar os olhos à quantidade estúpida de dinheiro que se está gastar e perder com isto, e ao facto de estarmos a acolher com pompa um cúmplice comprovado em crimes de pederastia (ainda ninguém se apercebeu?)... Shame on me!!

No entanto, bem vistas as coisas, o País em que os brandos costumes, têm por costume revelar-se na brandura da justiça para com a pedofilia (é mesmo necessário nomear os casos?) será sem dúvida o melhor para fornecer o conforto e adulação cega de que o pobre Papinha estará tão necessitado por estes dias.

Não, não dá simplesmente para sorrir conformado e ver passar o Papa, mas à falta de algo mais significativo para dizer que não implique a rotura de umas artérias no lobo pré-frontal, despeço-me com manifesto desagrado e tique nervoso no canto do olho, algo envergonhado pela falta de firmeza que me levou às palavras moles do último post.

Fica uma mera ilustração... mensagem a quem de direito...


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pope Culture

Eu andava a ver se não comentava a visita do Papa. Mas desde que pensei em evitar comentar a visita do Papa que me veio uma vontade extrema de comentar a visita do Papa.

Fraqueza assumida, vou comentar a visita do Papa.

Por esta altura em qualquer outro ano seria bastante comentar as andanças de Fátima, ou melhor, as andanças para Fátima e o acréscimo sazonal em número e variedade à população de roadkill da nacional nº1. Deus os abençoe e acolha. Acho que há uma porta especial para quem falece (soa estranho) em peregrinação (guest list, VIP, etc…).

Mas isto é acerca do Bento. O Papa (Pops para os amigos) decidiu incluir o nosso país na POPE MEGA TOUR que começou há uns anos e que aparentemente não tem data para acabar. O que é que ele vem cá fazer realmente? Benzer a malta, apelar à paz e solidariedade, comentar a necessidade de regresso aos valores da família, citar Jesus Cristo, e contribuir para o desejado impulso de uma micro economia dedicada a vender velinhas, terços, crucifixos, miniaturas luminescentes, bandeirinhas, pins, canecas, lenços, e entre merchandising afim, o raro e não muito bem sucedido Dvd com a versão homologada pelo Vaticano (The Popes Cut) de “Sex in the city”, intitulada “A prática do coito com fins meramente reprodutivos em legítimo e sagrado matrimónio, na cidade”, filme que se tornou objecto de culto entre os mais liberais, mas que ainda faz virar a cara a muita gente, que prefere as coisas à moda antiga, em silêncio.

Venha ele então, se isso faz a malta feliz, que para tristezas já nos chega… o resto. Mal não fará (que não tenha feito já).

Uns dias de trânsito condicionado, reportagens metro-a-metro sobre o percurso do dito, discursos emocionados de senhoras de certa idade e juventudes pró-activas nos afaires da fé, infindáveis comentários e análises profundas aos porquês e porque-nãos do que disse e fez o santo padre, será modesto preço a pagar pela possibilidade da possibilidade da remota possibilidade de uma razão superior dirigir a sua superior atenção para este povo à míngua (os outros a seu tempo) e quem sabe dar uma mãozinha aos que por cá andam à rasca.

À falta de melhor há a esperança, que sempre vai servindo a muita gente.
O Benfica é campeão, não?

Se eu podia viver sem o Tó?

O Tó Manel (Tó para os amigos) estava fodido. “Tou fo-di-do!” dizia, “Pu-ta que pa-riu!” (assim, como quem aprende a ler), “Cá-rálhos mafôdam!” ponto final.


O que realmente perturbava o pobre Tó eram os políticos ladrões, os árbitros ladrões, o patrão chulo e no geral, “essa malta c’andá roubar”. Outros factores de ansiedade seriam o trânsito os peões e os taxistas, o frio a chuva e a lama, o calor o pó e os mosquitos, o seu filho, “Malandro! Calão!” (calduço no moço) e os filhos dos outros, a canalha. “AHRRGH a canalha!!!”.


Mesmo quando o Benfica ganhava havia a questão da mãezinha do árbitro, e logo a propósito os arrumadores lá da rua. “Um dia corro com eles à paulada!!”. Nos dias de derrota, a mãezinha e a esposa do árbitro, o ponta de lança e o defesa esquerdo, o treinador, e na sequência lógica, o miúdo e a escola (duplo calduço no moço), “a merda do cão que não se cala!!” (biqueirada de pé esquerdo) e a súbita falta de asseio e bens essenciais lá por casa atribuída à falta de zelo da Maria.


“A minha Céu pá.. fode-me o juízo mas nunca me falhou em nada!!”


Questões raciais à parte, porque o Tó não era disso. “Lá na terra deles é que eles estavam bem!” (solidário). Havia a malta da passa, os pedintes, as bichas, o pessoal do graffiti, a maralha das flautas e cães e cabelo à maluca que “têm bom cabedal pa trabalhar”, os ricos que “têm a mania!” e por afinidade, o vizinho do 2º frente (que era pobre, mas tinha a mania).


Mistério insondável, o Tó teve um enfarte do miocárdio, quando a meio da quinta imperial e prestes a provar para além de qualquer dúvida a injustiça do fora-de-jogo contra o Benfica.”Então não se vêeaaaiii….” (mão no peito e chuveirada de tremoço).

O triplo bypass salvou-lhe a vida, o cirurgião era Russo, homossexual e simpatizante do F.C do Porto, mas o Tó não sabia; “Deus abençoe o Doutor”. Para a enfermeira: “Ó crida anda aqui ver qu'isto não tá pingar!” (mãozinha nas carnes da moça) “Tratas tão bem de mim! Não me queres levar pa tua casa?”.


Experiência limite e o Tó acalmou (excepção feita ao dia de jogo), a ofensa omnidireccional perdeu a pungência e o alcance, as expressões de desagrado foram sendo substituídas por resmungos entre dentes e o miúdo e o cão escapavam-lhe amiúde aos calduços e biqueiradas.

“Ó Tó andas tão calminho!” diziam os amigos. “Não é o que diz a tua mulher!!” (vai busca-la!!!).

Mas chegada a noitinha depois do café, o Tó, meio-meio a tropeção e cambaleio enfiava-se na cama, enroscava-se na Maria e o mundo hostil que o rodeava desvanecia-se num último “Bah!” (aquela falta por marcar).


Dormia como um bébé.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sem Título

Nenhum corpo é só um corpo, ou um só corpo
Ou um corpo só.
Nem sequer o corpo morto
Ou o corpo adormecido

Só no corpos que nos lembram
pode o nosso ser esquecido.

De volta!

Após longa e sofrida ausência, e sob augúrios de melhores tempos - ou apenas melhor tempo - decidi-me a regressar!

Apesar da crise do blogger, espalmadinho sob o peso de tal e tal rede social, há que perseverar.

Por cá não se semeiam tomates, batatas ou se criam vacas virtuais. Semeiam-se ideias e idiotices - com tomates ou não - na sua maioria com mais de 140 caracteres, na esperança de ver alguma coisa crescer, em mim ou/e nos outros - quem sabe um sorriso - e dar pasto à longa ruminação da palavra. Quem sabe o mínimo de ruminação, sabe também, que se algo dará em carne e leite, muito dará em merda, mas que sirva de bom adubo nestas ou noutras pastagens, para que não se deixe morrer esta pequena promessa, de partilhar o que nos vá na alma.

Good riddance,

Long live the Blog!