terça-feira, 24 de junho de 2008

UMA QUESTÃO DE RESPONSABILIDADE

Com a aproximação do final do ano lectivo de 2007/2008, aproxima-se também aquele que será (provavelmente) o final da minha era de estudante. Foram 12 anos de ensino básico e secundário mais 8 (foda-se!!!!) de ensino universitário, sendo que os ultimos 3, de universitário tiveram muito pouco...

Fazendo as contas foram 20 anos da minha vida ao serviço do interesse académico, com todos os pós e contras que isso acarrecta. Mas finalmente está na altura de me fazer um homenzinho, há quem diga que os 26 são os novos 18 e no meu caso não podia bater mais certo.

Mas onde é que pretendo chegar com esta conversa toda? Exactamente na questão do título e afirmar que o tempo de ser estupidamente irresponsável está a acabar, e por isso, hoje decidi baldar-me às aulas, quase como forma de celebração, até porque já não vou ter muitas mais para isso...

No entanto anseio por entrar neste mundo da "responsabilidade", saltar do ninho e ver até onde é que consigo voar...





P.S. caro companheiro de blog, as minhas desculpas por este desabafo, poderás catalogá-lo na secção de "Regurgitações filosóficas". Abraço

quarta-feira, 18 de junho de 2008

ÁRVORE

Quero saber se quando nasceste te perguntaram o nome,
ou de onde vinhas e com que objectivo..

Porque me parece que vieste de longe,
de muito longe no tempo.
Talvez do passado ou do futuro,
ou de um tempo que não vem detrás nem de adiante

mas de cima como a chuva
ou de dentro como um ruído de fome.

Parece-me que sabias já, quando aqui chegaste,
que tudo no mundo te pertencia por direito
e que escolherias partilha-lo com os demais,
os que não sabem que lhes pertence também.

Quero saber se sorris ou se choras, quando vês morrer gente.
Porque me parece que guardas um segredo
e que estás disposta a conta-lo,
se te fizerem a pergunta certa.

Gostava de saber que pergunta é essa
para poder embala-la enquanto pensava se a queria fazer.

Porque os teus olhos ensinaram-me (também)
que certas perguntas valem mais que as suas respostas

e porque gosto de pontos de interrogação

? ? ? ? ? ? ?

Parecem-me um cruzamento

entre a chave
e a fechadura...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Até o meu próximo post, SE DEUS QUISER...

"Até amanhã, se Deus quiser." Esta é uma expressão, que desde a minha tenra idade, me faz comichão na parte superior esquerda do meu cérebro.

A questão é: e se Deus não quiser?

E se por acaso Deus nesse dia não se está para chatear e não lhe apetece acariciar os humanos e toda a restante fauna e flora da Terra com o dia seguinte? Estaremos nós condenados a viver repetidamente o "hoje", tal e qual Bill Murray no Feitiço do Tempo? Pessoalmente eu acho que estas são questões da maior pertinência, principalmente nos dias de hoje. (outra expressão a ser analisada futuramente)

Imaginem comigo, Deus está sentado no seu salão, em frente ao seu plasma, com a intenção de ver a última temporada do 6 Feet Under, de rajada, e repara que são quase 10 da noite e ele ainda não preparou o dia de Amanhã (clima, desastres naturais, guerras, novas estirpes de vírus, nascimentos, mortes, enfim o normal). Mas Ele não consegue interromper, mesmo sabendo que aquilo esta em divx e pode voltar a ver quando quiser. A verdade é que Deus não consegue carregar no stop, e pondera - " e se eu preparasse o Amanhã amanhã?"

A verdade é que Ele não tem ninguém que o responsabilize, se tomar essa atitude, por isso nada nos diz que Hoje não aconteceu ontem e que amanhã não será Hoje outra vez. Nem quantas vezes já nos encontrámos neste "loop" temporal e durante quanto tempo. Tenho de admitir que será o tempo que Deus quiser e que no fundo as pessoas, que utilizam esta expressão, estão a apelar ao Seu conhecido bom senso que haja um amanhã!

Bem... para mim ficou esclarecido a utilização desta expressão. Não há nada como expor as nossas duvidas para que as soluções surjam espontaneamente.

Até ao meu próximo post, ... se me apetecer

terça-feira, 3 de junho de 2008

Questões de Fé

Quando ouço dizer "minha nossa Senhora" penso:

Que raio! Afinal a Senhora é tua ou é nossa???? é que se é nossa, também é minha , mas se é minha, não quero que seja tua!

Quanto muito acordamos uma espécie de custódia conjunta, do tipo: segundas, quartas e sextas a Senhora é tua, terças, quintas e sábados a Senhora é minha, domingo é dia santo por isso deixamos a Senhora em paz, o que eu não quero é misturas, OK?!!

Espalhem a notícia

Depois de muito sofrimento, sangue, suor, lágrimas, e certamente demais fluidos corporais, inaugurou na passada segunda feira dia dois de junho, na cidade de Valência, a tão esperada (pelo próprio e os próximos) exposição, do ilustre desconhecido e proto-artista plástico Rodrigo Sousa.

A exposição intitulada em espanhol "Abyectos - Objetos"; Abjectos - Objectos, apresenta trabalhos produzidos pelo artista nos últimos meses, fruto de uma investigação plástica em que parte de matérias comuns, como tecido e madeira recolhida na rua e em locais de construção, para a criação de uma série de seis esculturas de solo e parede, que procuram evidenciar o potencial estético e poético daquelas matérias criando uma dialéctica entre elas, o espaço expositivo e o espectador.



Rodrigo Sousa
"Entre Nós"
600x45x200 cm
Madeira e Tecido


Vou abster-me de críticas dado a minha proximidade com o dito artista, deixando tais coisas para quem de direito. Fica aqui somente um testemunho de um parto difícil, que deixa no entanto boas memórias.

A exposição estará patente no Espaço Cultural Biblioteca Joan de Timoneda, em Beniferri até ao dia 13 de Junho (para o caso de alguém andar pela zona).

domingo, 1 de junho de 2008