segunda-feira, 23 de março de 2009

VOGLIO UNA VALIGIA LOUIS VUITTON... ou então não!

"Querido consultório da Maria, quero uma mala LOUIS VUITTON! Estarei a necessitar de um tratamento psicológico baseado em terapia de choques..." - Anónimo - PADOVA






A moda, as marcas, o estilo, a atitude interior expressa pelo exterior e a ostentação, são sem dúvida palavras chave do modo de vida em Itália.

Não sei se estou a sofrer uma espécie osmose social e cultural, mas hoje no regresso a casa, passando pelo centro da cidade reparo nos produtos de marca contrafeitos que se vende um pouco por todo centro da cidade. E dou por mim a reparar nestas malas de diferentes feitios pretas e castanhas com LVs espalhados por toda a parte. E penso o que é que têm de especial, são "brutas" (termo perfeito quer no seu significado em português, quer italiano).

Não dava 10 euros por uma. (é obvio que estou a falar de modelos masculinos - só para sossegar aqueles que por esta altura estão a pensar num certo desvio (este termo não pretende ser homofóbico) da minha orientação sexual.)

Prossegindo o meu caminho reparo que muita gente na rua exibe um acessório desta marca e poucos metros à frente deparo-me com um cartaz publicitário da LV com um dos meus Mestres do Cinema, acompanhado da sua filha, que também tem jeito para a coisa, num cenário campestre a discutirem o que penso ser ideias para um guião e exibindo os seus diversos produtos desta marca.

De repente, num espaço de menos de 5 minutos, faço justiça ao termo "quem desdenha quer comprar" e passo a desejar uma mala igual ao Coppola com tanta força como desejo ser acordado de manhã com sexo oral por uma bella ragazza. (desculpem, mas acho que assim fica bem patente o grau do desejo).

A minha pergunta é - "what a fuck?"



Começo a lembrar-me das malas caracteristicas, desta marca, dos protagonistas do último filme do Wes Anderson, e começo me a imaginar num cenário igualmente belo com a minha malinha nova.

Foi um desejo efemero que durou poucos minutos, mas preocupou-me a maneira como aquele cartaz apanhou o meu cerebro desprevenido e lhe deu a volta por completo.





Ninguém é imune, nem mesmo eu...



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